Seis tipos de sites que você não deve acessar

Páginas são usadas para aplicar golpes de phishing e instalar vírus no dispositivo; saiba se proteger

Um em cada dois brasileiros não se sente seguro ao navegar pela Internet, aponta pesquisa da empresa de cibersegurança PSafe. O temor tem fundamento: em meio ao grande volume de informação que circula na web, não é difícil se deparar com páginas infectadas com malwares ou que foram criadas para aplicar golpes online. Sites para download de arquivos, para consumo de conteúdo adulto e e-commerces falsos são exemplos de páginas que podem comprometer a segurança dos usuários.

É preciso, portanto, ter cuidado ao navegar na web. Para te ajudar a se proteger de vazamentos de dados, roubo de informações bancárias, download acidental de vírus e outras ameaças, o TechTudo listou seis tipos de site potencialmente perigosos cujo acesso não é recomendado. Entenda, nas próximas linhas, os riscos que cada um deles oferece e saiba como se proteger.

1. Sites de download de arquivos

Existe uma grande variedade de páginas que oferecem conteúdos para baixar — músicas, séries, filmes, entre outros — na Internet. A maioria dessas plataformas utilizam o protocolo de conexão BitTorrent para agilizar os downloads.

Apesar de ser mais rápida, essa modalidade de transferência oferece riscos aos usuários, uma vez que os seeders, responsáveis por disponibilizarem os arquivos torrent, e os leechers, beneficiários que baixam os arquivos, estabelecem conexões em um ambiente sem fiscalização. Isso significa, entre outras coisas, que os arquivos podem estar infectados com malwares.

Sites de download de arquivos via torrent podem esconder malwares e gerar dores de cabeça aos usuários — Foto: Pond5

Sites de download de arquivos via torrent podem esconder malwares e gerar dores de cabeça aos usuários — Foto: Pond5

Os sites de torrents também costumam exigir que o usuário assista a uma série de propagandas para desbloquear o link de download. Muitas vezes é preciso, inclusive, clicar nos anúncios, os quais costumam direcionar o visitante para páginas infectadas. Se não puder evitar o acesso a sites de download, faça-o em um computador com antivírus atualizado.

Vale lembrar, porém, que pirataria é crime. De acordo com a lei de nº 10.695, de 2003, a prática de violar direitos autorais prevê pena de três meses a um ano de prisão, ou multa.

2. Sites de conteúdo adulto

Sites de conteúdo adulto também podem ser propícios à disseminação de malwares. Embora existam páginas legítimas para consumo desse tipo de material, é comum ver portais fraudulentos criados por hackers para instalar vírus no PC dos espectadores.

Sites de conteúdo adulto oferecem perigo aos usuários — Foto: Pond5

Sites de conteúdo adulto oferecem perigo aos usuários — Foto: Pond5

Em geral, esses sites solicitam que o usuário instale algum codec especial para assistir aos vídeos pornográficos. Ao executar o procedimento, a vítima tem o dispositivo infectado. Para se proteger, evite acessar páginas do tipo e mantenha o antivírus do computador sempre atualizado.

3. Sites de e-commerces falsos

Criminosos criam, especialmente durante datas comemorativas, sites falsos que replicam fielmente o visual de e-commerces legítimos para enganar consumidores e coletar informações pessoais e bancárias. É importante, portanto, conferir a URL do site com atenção antes de efetuar uma compra. Em geral, as páginas falsas contêm letras duplicadas (ameriicanas.com), erros ortográficos (amazoM.com.br em vez de amazoN.com.br) e domínios poucos usuais, como .biz e .info.

Sites de e-commerces falsos são usados por criminosos para capturar credenciais bancárias  — Foto: Getty Images/Thomas Imo

Sites de e-commerces falsos são usados por criminosos para capturar credenciais bancárias — Foto: Getty Images/Thomas Imo

Outra recomendação para minimizar os riscos de golpe é verificar se o site apresenta selos de segurança — em geral disponíveis no rodapé da página — e é sinalizado pelo cadeado HTTPS na barra de endereços. O símbolo indica que a transmissão de dados entre o dispositivo e o servidor é criptografada, o que dificulta a interceptação de informações. Vale, ainda, verificar se a página consta da lista de lojas a evitar do Procon-SP.

4. Sites que parecem ‘clickbait’

Também conhecidos como caça-cliques, os sites “clickbait” atraem a atenção ao apresentarem conteúdos com chamadas sensacionalistas e extravagantes. O objetivo, como o próprio nome indica, é gerar o maior número de acessos possível para o portal.

Sites caça-cliques oferecem perigo aos usuários — Foto: Divulgação/Unsplash

Sites caça-cliques oferecem perigo aos usuários — Foto: Divulgação/Unsplash

Embora pareçam inofensivas, essas páginas costumam divulgar conteúdos enganosos, apresentar adwares e, em alguns casos, redirecionar os usuários para endereços duvidosos. Para evitar cair nesse tipo de site, a recomendação é passar o mouse sobre a URL da página e verificar se ela corresponde a um portal de notícias confiável. Se o endereço for suspeito, não clique.

5. Sites com URLs ‘estranhas’

URLs são um bom – porém não o único – indicativo sobre a confiabilidade de um site. Páginas com domínios pouco usuais e erros de grafia no endereço, por exemplo, podem ser falsas e esconder golpes ou vírus. Além disso, dada a facilidade para criar um site hoje em dia, vale ter cuidado com páginas criadas em plataformas como Wix.

Observar URLs dos sites é prática que ajuda a evitar cair em golpes — Foto: divulgação/unsplash (by Kaboompics)

Observar URLs dos sites é prática que ajuda a evitar cair em golpes — Foto: divulgação/unsplash (by Kaboompics)

6. Sites de fake news

Além de propagarem desinformação e espalharem boatos na Internet, os sites de fake news também oferecem perigos à segurança dos usuários. Alguns criminosos escondem vírus, links maliciosos e malwares em notícias falsas que têm grande potencial para viralizar nas redes sociais.

Atitudes como investigar fontes e ficar atento a erros ortográficos são válidas para identificar fake news  — Foto: Luciana Maline/TechTudo

Atitudes como investigar fontes e ficar atento a erros ortográficos são válidas para identificar fake news — Foto: Luciana Maline/TechTudo

Um estudo conduzido pela Universidade de Oxford concluiu que as grandes propagadoras de desinformação são financiadas pelo Google Ads. Das páginas analisadas pelos pesquisadores, 61% geravam receita através da plataforma de anúncios. Isso mostra que os sites de notícias falsas usam técnicas de otimização e, portanto, têm chances de aparecerem em boas posições na página de resultados do Google, o que reforça a necessidade de verificar a confiabilidade dos conteúdos divulgados online.

Para minimizar a possibilidade de compartilhar fake news, é recomendado ler os conteúdos atentamente antes de enviá-los para amigos, consultar agências de checagem — como Fato ou Fake, Agência Lupa e Aos Fatos — e observar a presença de erros ortográficos grosseiros nos textos.

Com informações de PSafePCWorldShowbiz Cheat SheetTechRepublic e G1

Fonte: https://www.techtudo.com.br/
Foto: Freepik