Complexidades em Nuvem

Resultados de estudo global da Dynatrace apontam, entre outros, que 69% dos diretores de TI buscam uma abordagem diferente para suas operações.

Já não é novidade que a Transformação Digital foi acelerada pela pandemia e dá ênfase a sistemas de TI integrados e ao uso de novas tecnologias como Inteligência Artificial para análises, antecipação e correção de problemas em infraestruturas e sistemas. A tendência, de acordo com especialistas do setor de TIC é a de que empresas investirão na construção de infraestrutura nativa da Nuvem, buscando suporte à ações de Transformação Digital. Ao que tudo indica, essas iniciativas reforçam a máxima de que a tecnologia será a ‘salvadora’ para a recuperação e continuidade dos negócios. Apesar de ter as boias, escadas Magirus e outros recursos para o ‘salvamento’ e a retomada financeira das empresas os diretores de TI andam inquietos diante da complexidade dos ambientes em Nuvem e sua multiplicidade. É o que aponta um estudo global da Dynatrace.

Nele, 93% dos CIOs avaliam que a Inteligência Artificial está diretamente ligada à capacidade de TI de lidar com o aumento das cargas de trabalho e fornecer o máximo valor para os negócios. Quanto aos índices do estudo referentes ao Brasil, Roberto Carvalho, vice-presidente da Dynatrace para a América do Sul, conta que foram ouvidos 50 CIOs de empresas que possuem acima de cinco mil funcionários. Ao todo participaram 700 diretores de TI da Alemanha, Austrália, Cingapura, Estados Unidos, França, México e Reino Unido.

É quase unânime (89%) o reconhecimento de que a Transformação Digital vem sofrendo aceleração nos últimos 12 meses. “Para 58% dos entrevistados brasileiros, ela continuará a crescer no futuro em curto prazo e 56% afirmam que quase nunca conseguem atender a todas as necessidades que os negócios atribuem à TI”.

Desafios constantes
O executivo conta que “toda a complexidade, que envolve Contêineres, Multisserviço, Multicloud, toma um tempo precioso da equipe e que equalizar tudo isso é difícil para os CIOs, que perdem tempo para manter as luzes acesas”. O custo para manter as operações funcionando, pode chegar US$ 4,8 milhões por ano. Automatizar processos e análises, ao que tudo indica, é a saída.

Em porcentagens, essas dificuldades se traduzem em 86% das empresas que já usam tecnologias nativas em Nuvem para acelerar a inovação e obter melhores resultados de negócios. Para 63% dos executivos de TI a complexidade de seus ambientes Cloud ultrapassou a capacidade humana de gerenciamento, indica o estudo.

Carvalho conta que possui um cliente que opera com cinco diferentes Clouds e é transparente como se fosse na TI clássica. “Quando se tem uma gestão moderna é possível rodar onde e a qualquer hora. É um movimento sem volta”, destaca. Outro item apontado é a frequência com que se muda de ambiente, que pode ser de minutos e até segundos.

Aliviar a pressão
O relatório global Observability, automação e IA são essenciais para o sucesso dos negócios digitais – 2020, aponta que 69% dos CIOs buscam uma abordagem totalmente diferente para suas operações, na medida em que a adoção de Kubernetes aumenta a complexidade e torna ambientes de TI ainda mais difíceis de serem gerenciados manualmente.

Um alto índice de respostas, 84%, indica que a única maneira eficaz de avançar é reduzir o número de ferramentas e a quantidade de esforço manual que as equipes de TI investem no monitoramento e gerenciamento da Nuvem e da experiência do usuário.

Já 72%, dizem que, para manter a Observability, precisam de uma plataforma única, que cubra todos os casos de uso e ofereça uma fonte consistente de respostas. A maioria dos CIOs entrevistados no Brasil espera que a automatização de TI reduza em 38% a quantidade de tempo gasto na manutenção das aplicações de Nuvem e de negócios, proporcionando uma economia de US$ 2 milhões por ano, em média. Segundo o estudo da Dynatrace, apesar dessa vantagem, apenas 19% de todos os processos de operações repetitivas para gerenciamento de experiência digital e Observability foram automatizados.

“O conceito de Observability inteligente vira base para a visão de Nuvens autônomas, quando se auto-corrigem”, diante de uma falha sem depender de pessoas”, conclui Carvalho.

Fonte: inforchannel.com.br